sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

"Fazer o bem": A aspiração de toda a vida

Site Paoline
A ideia força que nos deve animar são as pessoas (as almas). Devemos senti-las como uma obsessão, devemos preocupar-nos no modo de aproximá-las, de levar-lhes a palavra da verdade e da salvação. Quantas pessoas (almas) nunca ouvem falar de Deus... Quem as deve conduzir para Deus, se não nós, que recebemos tantas graças do Senhor e temos nas mãos meios eficacíssimos de apostolado? (VPC 140)

As palavras do Regulamento de 1916 entraram profundamente no coração da Mestra Tecla: "O Senhor vos reuniu para que vos façais boas e possais fazer o bem".
Fazer o bem era sua grande aspiração, da qual brotava a audácia e a coragem que a levava a acolher cada meio de comunicação social: o cinema, os curta metragens catequéticos, os discos, as revistas.


Tinha compreendido claramente, desde o primeiro encontro com o Teólogo Alberione,
e desde o primeiríssimo aprendizado de apostolado, em Susa, a influência que a imprensa exerce na mentalidade das pessoas. Era sustentada por uma ideia-força e, literalmente, “presa” pela beleza, necessidade, atualidade do apostolado. Dizia: "O apostolado que o Senhor confiou à nossa pequena congregação é tão bonito e tão imenso", "é um empenho sagrado".
"Os meios para o apostolado – ela mesma afirmava muitas vezes – sejam os mais modernos". Nas iniciativas de apostolado, era orientadora e resoluta. Nas dificuldades de caráter econômico, diante da perplexidades das irmãs, a Primeira Mestra assim intervinha:


Quando se faz o bem, que seja feito. Ademais, não nos preocupemos. Tenhamos fé e a Providência nos ajudará. Procuremos, em primeiro lugar, o bem das pessoas no apostolado, não o interesse. Intuía a grande importância da cinematografia posta a serviço do bem. Ir. Assunta Bassi lembra:
Gostaria de descrever a luminosidade de seus olhos, a atenção e tensão, toda feminina e materna, com que seguia silenciosamente a produção do grande filme Abuna Messias (Alba 1937-1938). É notório a todas o encorajamento e a colaboração que ela deu à produção dos 50 curta metragens catequéticos (Roma 1953).


As propostas audaciosas e arriscadas eram do Pe. Alberione, mas constituíam para ela a expressão da vontade de Deus. Falando do rádio, dizia sorrindo:
Com o rádio tinha-se aquilo que Deus disse na Sagrada Escritura pela boca do profeta:
"A minha palavra será ouvida em todo o universo".
E fez-se uso do rádio com aquela decisão que lhe era habitual, para que, através dele, o anúncio do Evangelho pudesse alcançar a mais ampla esfera possível.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Entrevista com a noviça Regina

Confira o que a noviça Regina Garreto partilha conosco, sobre sua experiência de missão no período do estágio do noviciado, na comunidade de Brasília-DF
 
"Cristo vive em mim" (Gl 2,20)
Esta frase de São Paulo me acompanhou e enche-me de confiança durante o período Apostólico. Ela confirma a constante presença e ação de Deus em minha vida. Ele habita o meu ser.
 
Experiência significativa:
Entre todas as nossas atividades d comunidade Paulina de Brasília destaco como mais significativa a experiência na livraria. Ali é uma verdadeira casa de Deus, de Oração, onde as pessoas vão encontrar Jesus Mestre e sua mensagem. A nossa livraria é o lugar em que as pessoas reservam um tempo para rezar, um espaço sagrado onde partilhamos nossa vida e missão com as pessoas.
 

Mensagem às jovens:
O amor de Deus é maravilhoso! É precioso! Não encontrei nada que se compare à proposta de Jesus. Por ele, com ele e nele vale à pena dedicar a nossa vida. 

DICAS LITÚRGICAS



Uma nova dica todas as sextas-feiras na WebTV Paulinas

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

29ª Jornada Mundial da Juventude


Domingo de Ramos, 13 Abril 2014
Mensagem do Papa Francisco

«Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu» (Mt 5, 3)

Queridos jovens,
Permanece gravado na minha memória o encontro extraordinário que vivemos no Rio de Janeiro, na XXVIII Jornada Mundial da Juventude: uma grande festa da fé e da fraternidade. A boa gente brasileira acolheu-nos de braços escancarados, como a estátua de Cristo Redentor que domina, do alto do Corcovado, o magnífico cenário da praia de Copacabana. Nas margens do mar, Jesus fez ouvir de novo a sua chamada para que cada um de nós se torne seu discípulo missionário, O descubra como o tesouro mais precioso da própria vida e partilhe esta riqueza com os outros, próximos e distantes, até às extremas periferias geográficas e existenciais do nosso tempo. 

 A próxima etapa da peregrinação intercontinental dos jovens será em Cracóvia, em 2016. Para cadenciar o nosso caminho, gostaria nos próximos três anos de reflectir, juntamente convosco, sobre as Bem-aventuranças que lemos no Evangelho de São Mateus (5, 1-12). Começaremos este ano meditando sobre a primeira: «Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu» (Mt 5, 3); para 2015, proponho: «Felizes os puros de coração, porque verão a Deus» (Mt 5, 8); e finalmente, em 2016, o tema será: «Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia» (Mt 5, 7).

1. A força revolucionária das Bem-aventuranças
É-nos sempre muito útil ler e meditar as Bem-aventuranças! Jesus proclamou-as no seu primeiro grande sermão, feito na margem do lago da Galileia. Havia uma multidão imensa e Ele, para ensinar os seus discípulos, subiu a um monte; por isso é chamado o «sermão da montanha». Na Bíblia, o monte é visto como lugar onde Deus Se revela; pregando sobre o monte, Jesus apresenta-Se como mestre divino, como novo Moisés. E que prega Ele? Jesus prega o caminho da vida; aquele caminho que Ele mesmo percorre, ou melhor, que é Ele mesmo, e propõe-no como caminho da verdadeira felicidade. Em toda a sua vida, desde o nascimento na gruta de Belém até à morte na cruz e à ressurreição, Jesus encarnou as Bem-aventuranças. Todas as promessas do Reino de Deus se cumpriram n’Ele.

Ao proclamar as Bem-aventuranças, Jesus convida-nos a segui-Lo, a percorrer com Ele o caminho do amor, o único que conduz à vida eterna. Não é uma estrada fácil, mas o Senhor assegura-nos a sua graça e nunca nos deixa sozinhos. Na nossa vida, há pobreza, aflições, humilhações, luta pela justiça, esforço da conversão quotidiana, combates para viver a vocação à santidade, perseguições e muitos outros desafios. Mas, se abrirmos a porta a Jesus, se deixarmos que Ele esteja dentro da nossa história, se partilharmos com Ele as alegrias e os sofrimentos, experimentaremos uma paz e uma alegria que só Deus, amor infinito, pode dar. As Bem-aventuranças de Jesus são portadoras duma novidade revolucionária, dum modelo de felicidade oposto àquele que habitualmente é transmitido pelos mass media, pelo pensamento dominante. Para a mentalidade do mundo, é um escândalo que Deus tenha vindo para Se fazer um de nós, que tenha morrido numa cruz. Na lógica deste mundo, aqueles que Jesus proclama felizes são considerados «perdedores», fracos. Ao invés, exalta-se o sucesso a todo o custo, o bem-estar, a arrogância do poder, a afirmação própria em detrimento dos outros.
Queridos jovens, Jesus interpela-nos para que respondamos à sua proposta de vida, para que decidamos qual estrada queremos seguir a fim de chegar à verdadeira alegria. Trata-se dum grande desafio de fé. Jesus não teve medo de perguntar aos seus discípulos se verdadeiramente queriam segui-Lo ou preferiam ir por outros caminhos (cf. Jo 6, 67). E Simão, denominado Pedro, teve a coragem de responder: «A quem iremos nós, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna» (Jo 6, 68). Se souberdes, vós também, dizer «sim» a Jesus, a vossa vida jovem encher-se-á de significado, e assim será fecunda.

2. A coragem da felicidade
O termo grego usado no Evangelho é makarioi, «bem-aventurados». E «bem-aventurados» quer dizer felizes. Mas dizei-me: vós aspirais deveras à felicidade? Num tempo em que se é atraído por tantas aparências de felicidade, corre-se o risco de contentar-se com pouco, com uma ideia «pequena» da vida. Vós, pelo contrário, aspirai a coisas grandes! Ampliai os vossos corações! Como dizia o Beato Pierjorge Frassati, «viver sem uma fé, sem um património a defender, sem sustentar numa luta contínua a verdade, não é viver, mas ir vivendo. Não devemos jamais ir vivendo, mas viver» (Carta a I. Bonini, 27 de Fevereiro de 1925). Em 20 de Maio de 1990, no dia da sua beatificação, João Paulo II chamou-lhe «homem das Bem-aventuranças» (Homilia na Santa Missa: AAS 82 [1990], 1518). Se verdadeiramente fizerdes emergir as aspirações mais profundas do vosso coração, dar-vos-eis conta de que, em vós, há um desejo inextinguível de felicidade, e isto permitir-vos-á desmascarar e rejeitar as numerosas ofertas «a baixo preço» que encontrais ao vosso redor. Quando procuramos o sucesso, o prazer, a riqueza de modo egoísta e idolatrando-os, podemos experimentar também momentos de inebriamento, uma falsa sensação de satisfação; mas, no fim de contas, tornamo-nos escravos, nunca estamos satisfeitos, sentimo-nos impelidos a buscar sempre mais. É muito triste ver uma juventude «saciada», mas fraca.
Escrevendo aos jovens, São João dizia: «Vós sois fortes, a palavra de Deus permanece em vós e vós vencestes o Maligno» (1 Jo 2, 14). Os jovens que escolhem Cristo são fortes, nutrem-se da sua Palavra e não se «empanturram» com outras coisas. Tende a coragem de ir contra a corrente. Tende a coragem da verdadeira felicidade! Dizei não à cultura do provisório, da superficialidade e do descartável, que não vos considera capazes de assumir responsabilidades e enfrentar os grandes desafios da vida.

3. Felizes os pobres em espírito…
A primeira Bem-aventurança, tema da próxima Jornada Mundial da Juventude, declara felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu. Num tempo em que muitas pessoas penam por causa da crise económica, pode parecer inoportuno acostar pobreza e felicidade. Em que sentido podemos conceber a pobreza como uma bênção? Em primeiro lugar, procuremos compreender o que significa «pobres em espírito». Quando o Filho de Deus Se fez homem, escolheu um caminho de pobreza, de despojamento. Como diz São Paulo, na Carta aos Filipenses: «Tende entre vós os mesmos sentimentos que estão em Cristo Jesus: Ele, que é de condição divina, não considerou como uma usurpação ser igual a Deus; no entanto, esvaziou-Se a Si mesmo, tomando a condição de servo e tornando-Se semelhante aos homens» (2, 5-7). Jesus é Deus que Se despoja da sua glória. Vemos aqui a escolha da pobreza feita por Deus: sendo rico, fez-Se pobre para nos enriquecer com a sua pobreza (cf. 2 Cor 8, 9). É o mistério que contemplamos no presépio, vendo o Filho de Deus numa manjedoura; e mais tarde na cruz, onde o despojamento chega ao seu ápice.
O adjetivo grego ptochós (pobre) não tem um significado apenas material, mas quer dizer «mendigo». Há que o ligar com o conceito hebraico de anawim (os «pobres de Iahweh»), que evoca humildade, consciência dos próprios limites, da própria condição existencial de pobreza. Os anawim confiam no Senhor, sabem que dependem d’Ele. Como justamente soube ver Santa Teresa do Menino Jesus, Cristo na sua Encarnação apresenta-Se como um mendigo, um necessitado em busca de amor. O Catecismo da Igreja Católica fala do homem como dum «mendigo de Deus» (n. 2559) e diz-nos que a oração é o encontro da sede de Deus com a nossa (n. 2560).
São Francisco de Assis compreendeu muito bem o segredo da Bem-aventurança dos pobres em espírito. De facto, quando Jesus lhe falou na pessoa do leproso e no Crucifixo, ele reconheceu a grandeza de Deus e a própria condição de humildade. Na sua oração, o Poverello passava horas e horas a perguntar ao Senhor: «Quem és Tu? Quem sou eu?» Despojou-se duma vida abastada e leviana, para desposar a «Senhora Pobreza», a fim de imitar Jesus e seguir o Evangelho à letra. Francisco viveu a imitação de Cristo pobre e o amor pelos pobres de modo indivisível, como as duas faces duma mesma moeda. Posto isto, poder-me-íeis perguntar: Mas, em concreto, como é possível fazer com que esta pobreza em espírito se transforme em estilo de vida, incida concretamente na nossa existência? Respondo-vos em três pontos.

Antes de mais nada, procurai ser livres em relação às coisas. O Senhor chama-nos a um estilo de vida evangélico caracterizado pela sobriedade, chama-nos a não ceder à cultura do consumo. Trata-se de buscar a essencialidade, aprender a despojarmo-nos de tantas coisas supérfluas e inúteis que nos sufocam. Desprendamo-nos da ambição de possuir, do dinheiro idolatrado e depois esbanjado. 
No primeiro lugar, coloquemos Jesus. Ele pode libertar-nos das idolatrias que nos tornam escravos. Confiai em Deus, queridos jovens! Ele conhece-nos, ama-nos e nunca se esquece de nós. Como provê aos lírios do campo (cf. Mt 6, 28), também não deixará que nos falte nada! Mesmo para superar a crise econômica, é preciso estar prontos a mudar o estilo de vida, a evitar tantos desperdícios. Como é necessária a coragem da felicidade, também é precisa a coragem da sobriedade. 
Em segundo lugar, para viver esta Bem-aventurança todos necessitamos de conversão em relação aos pobres. Devemos cuidar deles, ser sensíveis às suas carências espirituais e materiais. A vós, jovens, confio de modo particular a tarefa de colocar a solidariedade no centro da cultura humana. Perante antigas e novas formas de pobreza – o desemprego, a emigração, muitas dependências dos mais variados tipos –, temos o dever de permanecer vigilantes e conscientes, vencendo a tentação da indiferença. Pensemos também naqueles que não se sentem amados, não olham com esperança o futuro, renunciam a comprometer-se na vida porque se sentem desanimados, desiludidos, temerosos. Devemos aprender a estar com os pobres. Não nos limitemos a pronunciar belas palavras sobre os pobres! Mas encontremo-los, fixemo-los olhos nos olhos, ouçamo-los. Para nós, os pobres são uma oportunidade concreta de encontrar o próprio Cristo, de tocar a sua carne sofredora.

Mas – e chegamos ao terceiro ponto – os pobres não são pessoas a quem podemos apenas dar qualquer coisa. Eles têm tanto para nos oferecer, para nos ensinar. Muito temos nós a aprender da sabedoria dos pobres! Pensai que um Santo do século XVIII, Bento José Labre – dormia pelas ruas de Roma e vivia das esmolas da gente –, tornara-se conselheiro espiritual de muitas pessoas, incluindo nobres e prelados. De certo modo, os pobres são uma espécie de mestres para nós. Ensinam-nos que uma pessoa não vale por aquilo que possui, pelo montante que tem na conta bancária. Um pobre, uma pessoa sem bens materiais, conserva sempre a sua dignidade. Os pobres podem ensinar-nos muito também sobre a humildade e a confiança em Deus. Na parábola do fariseu e do publicano (cf. Lc 18, 9-14), Jesus propõe este último como modelo, porque é humilde e se reconhece pecador. E a própria viúva, que lança duas moedinhas no tesouro do templo, é exemplo da generosidade de quem, mesmo tendo pouco ou nada, dá tudo (Lc 21, 1-4).

4. … porque deles é o Reino do Céu
Tema central no Evangelho de Jesus é o Reino de Deus. Jesus é o Reino de Deus em pessoa, é o Emanuel, Deus connosco. E é no coração do homem que se estabelece e cresce o Reino, o domínio de Deus. O Reino é, simultaneamente, dom e promessa. Já nos foi dado em Jesus, mas deve ainda realizar-se em plenitude. Por isso rezamos ao Pai cada dia: «Venha a nós o vosso Reino».

Há uma ligação profunda entre pobreza e evangelização, entre o tema da última Jornada Mundial da Juventude – «Ide e fazei discípulos entre todas as nações» (Mt 28, 19) – e o tema deste ano: «Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu» (Mt 5, 3). O Senhor quer uma Igreja pobre, que evangelize os pobres. Jesus, quando enviou os Doze em missão, disse-lhes: «Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos; nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado; pois o trabalhador merece o seu sustento» (Mt 10, 9-10). A pobreza evangélica é condição fundamental para que o Reino de Deus se estenda. As alegrias mais belas e espontâneas que vi ao longo da minha vida eram de pessoas pobres que tinham pouco a que se agarrar. A evangelização, no nosso tempo, só será possível por contágio de alegria. Como vimos, a Bem-aventurança dos pobres em espírito orienta a nossa relação com Deus, com os bens materiais e com os pobres. À vista do exemplo e das palavras de Jesus, damo-nos conta da grande necessidade que temos de conversão, de fazer com que a lógica do ser mais prevaleça sobre a lógica do ter mais. Os Santos são quem mais nos pode ajudar a compreender o significado profundo das Bem-aventuranças. Neste sentido, a canonização de João Paulo II, no segundo domingo de Páscoa, é um acontecimento que enche o nosso coração de alegria. Ele será o grande patrono das Jornadas Mundiais da Juventude, de que foi o iniciador e impulsionador. E, na comunhão dos Santos, continuará a ser, para todos vós, um pai e um amigo.

No próximo mês de Abril, tem lugar também o trigésimo aniversário da entrega aos jovens da Cruz do Jubileu da Redenção. Foi precisamente a partir daquele acto simbólico de João Paulo II que principiou a grande peregrinação juvenil que, desde então, continua a atravessar os cinco continentes. Muitos recordam as palavras com que, no domingo de Páscoa do ano 1984, o Papa acompanhou o seu gesto: «Caríssimos jovens, no termo do Ano Santo, confio-vos o próprio sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Levai-a ao mundo como sinal do amor do Senhor Jesus pela humanidade, e anunciai a todos que só em Cristo morto e ressuscitado há salvação e redenção».

Queridos jovens, o Magnificat, o cântico de Maria, pobre em espírito, é também o canto de quem vive as Bem-aventuranças. A alegria do Evangelho brota dum coração pobre, que sabe exultar e maravilhar-se com as obras de Deus, como o coração da Virgem, que todas as gerações chamam «bem-aventurada» (cf. Lc 1, 48). Que Ela, a mãe dos pobres e a estrela da nova evangelização, nos ajude a viver o Evangelho, a encarnar as Bem-aventuranças na nossa vida, a ter a coragem da felicidade

Papa Francisco
Vaticano, 21 de Janeiro – Memória de Santa Inês, virgem e mártir - de 2014.
Fonte: news.va

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Entrevista com a noviça Gizele

Confira o testemunho da noviça Gizele Barbosa, que partilha conosco sua experiência durante o estágio do Noviciado na comunidade de Porto Velho-RO
Gizele (a segunda, da direita para esquerda)

Frase bíblica que me acompanhou...
“Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho” (1Cor 9, 16)
 

Experiência significativa que vivi...
Um fato que me marcou muito aconteceu logo que cheguei em Porto Velho. Em um encontro regional de catequese, onde havia pessoas do sul do Amazonas, do Acre e de vários lugares de Rondônia. Fomos convidadas, como de costume, a fazer uma exposição com os nossos títulos de catequese.
Havíamos acabado de chegar e mal arrumado os livros sobre a mesa quando o povo avançou desesperadamente sobre o material, verdadeiramente como pessoas sedentas e que há quase um ano esperavam pela oportunidade de adquirir os materiais que estávamos disponibilizando. Eram de fato pessoas com fome e sede de Deus, que se debruçavam sobre aquilo que em muitas regiões do Brasil é comum, acessível e tem de sobra: Conteúdo para formação!
Nunca vi nada que se compare àquela imagem que ainda hoje paira no meu pensamento e que me leva a recordar que de fato quando não se tem algo, é que a gente dá mais valor!


 
Desafios...
Sobre os desafios, foram muitos! Mas com diz Jesus: “Cada dia com suas próprias preocupações” e mais do que desafiante, eu diria que o período Apostólico do meu noviciado foi uma Escola! De essencialidade e simplicidade, e posso dizer a Escola de Jesus de Nazaré, o Divino Mestre. Eu tive medo, tive “perdas”, tive tristezas, inseguranças... Mas nessa escola nunca me faltou a Graça, a Misericórdia e o Amor de Deus.
A oração, muitas vezes é tudo o que temos nos momentos de dificuldade! E foi aí que eu mais cresci na intimidade com o meu Mestre. Era na oração que eu partilhava tudo o que me era difícil, e era do meio do povo que ele me iluminava e me ensinava a viver um dia de cada vez.
Não há muito o que dizer sobre o significado desse período. E sim, há mais o que viver! Há mais o que praticar, há mais o que querer, há mais que ser, há mais que se dar!
E é isso que pretendo daqui pra frente. No cotidiano da vida paulina descobrir a beleza de ser seguidora de Jesus Mestre Caminho Verdade e Vida que melhor do que ninguém soube viver, demonstrar e comunicar o Amor do Pai.


 

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Sua santidade me convida a ser santa

Mestra Tecla, precisaremos de muitos passos para chegar onde você chegou, mas com suas palavras de ânimo e sorriso sempre aberto, ajuda-nos nesta caminhada.

Senti-me profundamente tocada pelas palavras da Ir. Tecla quando diz: “Rezo muito por vocês, a fim de que todas nós possamos chegar à santidade para a qual somos chamadas...” é como se ela estivesse aqui dizendo isso para mim hoje, e como se também hoje dissesse para ela mesma. Grande exemplo de mestra que sempre acompanhou de perto suas filhas e agora intercede por elas estando ainda mais perto... dentro do coração de cada uma. Com esse testemunho, mestra Tecla já mora em meu coração. Sinal de obediência, humildade, fé e submissão, mas também de santidade, coragem e confiança total em Deus.
”A santidade é o supremo bem da vida; as outras coisas são meios. Para São Paulo, a santidade é a maturidade plena da pessoa, é a pessoa perfeita. A pessoa santa não se envolve, mas se desenvolve, não pára, mas caminha e cresce.” (Alberione, VD 692.685)  Estas são as palavras com as quais quero seguir o caminho de nossos fundadores, alcançar a santidade, e no caminho tudo o que eu fizer seja um ato de amor dedicado a Deus e aos meus irmãos.
(Por Ariane Barbosa, vocacionada paulina)

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014


Conheça a vida de Ir. Tecla Merlo

Hoje, dia 20 de fevereiro, celebramos 120 anos do nascimento de Ir. Tecla Merlo (Co-fundadora das Irmãs Paulinas). Temos a certeza que, do céu, ela interecede por cada um/a de nós. Conheça um pouco mais da vida desta grande mulher, que doou sua vida para o anúncio do Evangelho.
 

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Tecla, costureira de vidas

 
Teresa, obediente aos seus pais
Tecla, ouviu a voz do Pai
Teresa, costurar era sua lida
Tecla, costureira de vidas

Teresa, catequista com ardor
Tecla, consagrada ao Senhor

Teresa amava os pais e a Igreja
Sabia costurar como ninguém
E na catequese ensinava só o bem
 
Um dia Alberione lhe pediu
Que ela lhe ajudasse na missão
De evangelizar com a comunicação
 
Teresa, obediente aos seus pais
Tecla, seguiu a voz do Pai
Teresa, costurar era sua lida
Tecla, costureira de vidas
 
Teresa, catequista com ardor
Tecla, consagrada ao Senhor

Teresa entregou-se ao Senhor
De Tecla Alberione a chamou
Ela então tocou os corações com muito amor

Teresa entregou-se ao Senhor
De Tecla Alberione a chamou
Ela então tocou os corações com muito amor

 Teresa, obediente aos seus pais
Tecla, seguiu a voz do Pai
Teresa, costurar era sua lida
Tecla, costureira de vidas

 Teresa, catequista com ardor
Tecla, consagrada ao Senhor

 (Letra e música: Ir. Edicléia Tonete)

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Tecla, a mulher sem “resistências” ao Espírito

 
O Primeiro Mestre pôde dizer às Filhas de São Paulo, aos 07 de fevereiro de 1964:
A Primeira Mestra não era somente uma superiora, ela é a Mãe do Instituto. Tereis outras superioras que cumprirão o ofício e seguirão os exemplos da Primeira Mestra; porém não serão as mães.
Por isso, estudar seu espírito, lembrar seus exemplos, ler aquilo que ela escrevia e particularmente seguir seus conselhos, os avisos, as conferências que ela sabia apresentar no devido tempo e com tanta amabilidade e bondade, que tudo era acolhido e levado no coração.
A experiência e os ensinamentos de Mestra Tecla traçam caminhos de esperança para a vida paulina de hoje.

 
Toda sua vida nas mãos de Deus Quando p. Alberione tentou descrever o perfil da Primeira Mestra, delineou-a como a mulher “sem resistências” ao Espírito:
O Senhor fez dela o que quis, porque nunca colocou resistências, porquanto me
consta, ao querer de Deus. Oh!, a sua vida! Toda nas mãos de Deus, na vontade de Deus. Desde o início foi fiel à direção espiritual; desde que entrou no Instituto até o momento em que o Senhor a chamou ao eterno repouso, na glória.
Vós sabeis que no último tempo de sua doença, ela não tinha outras expressões que: «A vontade do Senhor; aquilo que agrada ao Senhor; seja feita a vontade do Senhor» (...). Sempre docílima. E quem, no início, dirigia, dizia muitas vezes: «Como é boa, como é dócil esta filha!». Não obstante sua saúde frágil, o Senhor lhe colocou sobre os ombros uma grande responsabilidade, uma grande missão: preparar as almas, isto é, as companheiras, para o dia da consagração ao Senhor.
Na sua vida estava sempre preparada para tudo, para tudo aquilo que o Senhor lhe dispunha; não somente à obediência, em geral, mas a tudo aquilo que tomava conhecimento de que o Senhor queria dela.
Sempre pronta; sempre pronta a tudo... Ela devia, por um lado, ser dócil a quanto o Senhor lhe pedia pessoalmente, e por outro, a quanto Ele lhe manifestava dia a dia e que devia cumprir para  estabelecer e fazer o Instituto crescer. Então, como era dócil! Sempre iluminada por Deus e sempre pronta a procurar aquilo que o Senhor lhe manifestava (12 de fevereiro de 1964).
O primeiro “sim” Teresa, depois de muitos anos, lembrava-se que aquele primeiro sim havia dado uma reviravolta inesperada em sua vida. Lemos em seus caderninhos:
28 de junho de 1961
Lembranças: aos 27 de junho de 1915 fui junto com a mãe falar com o Primeiro Mestre, que ainda não conhecia; aos 28, fui para casa buscar algumas roupas e voltei.
Perdi a carruagem, que na época era puxada por cavalos, e então fui no dia seguinte, aos 29, e voltei no mesmo dia ou na manhã  seguinte. Agora, após 47 anos, isso me volta à mente para agradecer de modo particular s. Pedro e s. Paulo.
Quantas graças nesses anos! e quão pouca correspondência! Se ainda estou na congregação, é tudo misericórdia de Deus.

FONTE: O magistério de Mestra Tecla Anna Maria Parenzan, fsp

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Cronologia de Ir. Tecla Merlo


Testemunho de Ir. Elena Ramondetti sobre Mestra Tecla

 
Da esq. para dir: Ir. Tecla 
Mestra Tecla tinha um grande amor por cada irmã. Quando eu a conheci, ela se mostrou muito boa para nós: pedia notícias não só sobre o desempenho de nossas casas, mas também sobre nós mesmas e nossa saúde.
Quando saí para a China com outras irmãs, M. Tecla nos acompanhou até a estação, e quando nos despedimos, abraçou-me com tanta manifestação de carinho, que eu ainda me emociono ao lembrar daquela cena . No mesmo dia, por outra irmã, que se juntou a nós em Nápoles, ela me mandou uma carta cheia de carinho e exortação maternal: especialmente recomendando para levar o bem, manter-nos fieis e sempre unidas as  superioras, para formar uma comunidade de amor que se tornasse sagrada.

De 1937 a 1941, quando a Segunda Guerra Mundial estourou, seguindo -nos regularmente com suas cartas, sempre cuidando de nossa saúde, nos recomendou para estudar a língua e inserir-nos gradualmente no novo ambiente e, em seguida, estudar o chinês Filipino para poder desempenha melhor o apostolado.   Fui pela primeira vez, depois de dez anos do Oriente: só então eu vi a primeiro mestra que tinha chegado a Nápoles para nos conhecermos pessoalmente. Ela perguntou-me com tanto cuidado e carinho, como tinha sido a viagem, como nos tinha sido durante os longos anos de guerra, o que prova que tinham sofrido.
Ainda me lembro de sua extrema pontualidade na resposta às nossas cartas. Nos longos anos de guerra, a partir de 1941 até meados de 1945, vivemos sem notícias, porque as comunicações não eram possíveis.
Então , quando as comunicações entre a Itália e os países do Oriente foram reabertas, eu não posso mesmo dizer que a minha carta ficou sem resposta, até que a sua doença final. Sua última carta, de fato, tem a data de 14 de novembro de 1963. Ela foi agravada 22 de novembro e não conseguia mais escrever ou falar . Era tão preciso e resposta concisa que com algumas palavras e esclarecido qualquer problema de qualquer tipo era.
 
A prudência e a exatidão de M. Tecla também manifestou-se no exercício da justiça , é altamente recomendado para dar a cada um o seu próprio, e, especialmente, aqueles que tinham emprestado para pagar por um emprego, mesmo em lugares onde era fácil de exonerar-se de certas funções. Ela mesma pareceu-nos mais escrupulosa no cumprimento destes deveres de justiça , na verdade, antes de tudo, tentei ser justa nas suas relações com Deus , dando-Lhe todo o bem que ela fez ; aceitar plenamente a vontade do Senhor, muitas vezes repetindo : " Deo gratias ".
 Nos últimos tempos, apareceu suave e maternal : ela , no entanto, sabia como usar a fortaleza , especialmente com ela mesma: ela tinha um grande espírito de sacrifício que mostrou especialmente em submeter à regra e atos comuns. Mesmo que ela estava cansada e tinha muitos compromissos , ela adorava ficar com suas filhas. Em momentos de recreação demorava para ver todas elas e falar com o que está acontecendo na Casa Geral, em Roma, e quando ela estava visitando as casas de maior distância.
Lembro-me que durante a última viagem que ela fez ao Oriente, foi da Índia para as Filipinas. A primeira parada foi Manila , onde ela se sentiu doente. No início, ela pensou em chamar as irmãs idosas em Manila e os ramos superiores das casas, mas um dia eu disse: "Você sabe, eu tive uma inspiração : venha e aproveite o tempo para adorar Jesus comigo. Fomos de avião de ilha para ilha . Ela sempre parecia calma , feliz e pronta para dar alma às recreações, o que colocou todo o esforço , uma vez que foi o mais grave dos seus deveres . Notei que durante a visita das últimas casas , enquanto sentindo muito doente , ela continuou a reunir-se com as irmãs e para responder às cartas que tinham sido recebidas. Eventualmente, elas tiveram que colocar de volta na cama com uma dor na perna.

Em particular fiquei impressionada com Mestra Tecla a virtude da humildade , junto com sua grande fé. Em seu retorno à Índia, depois de ter estado em Roma há alguns meses, eu me encontrei em uma bolsa, uma de suas anotações que dizia: "Agradeço-lhe que você veio, para o que você fez aqui e eu peço perdão se eu fui rude com você, mas você sabe que eu te amo".
 Deixando as Filipinas, ela nos fez encontrar a caixa de areia no correio, uma carta na qual ele agradeceu por "nascer o tempo todo" e pediu desculpas se ela não tivesse feito o que você queria e como deveria ter.
Quando Pe. Alberione e Mestra Tecla veio nos visitar em Bombaim, em 1955, nossa casa era muito pequena. Alberione nos disse imediatamente que iríamos precisar de uma casa maior . E Mestra Tecla, respondeu: "Sim , mas não têm os meios". O Primeiro Mestre olhou para ela sério e disse: "E a fé ? As possíveis razões que ainda são tão humanas?". Ela humildemente aceitou a observação , agradeceu e depois disse: " Você ouviu o que ele disse? (sobre o Fundador) Tenhamos fé" .

Humildade, argumentou Mestra Tecla, também na obediência, que sempre se destacou desde o início de sua vida religiosa. A obediência ao Superior Geral e concordou em ser muitas vezes confrontada com iniciativas que talvez não entendia , muitas vezes repetia : "Nós obedecemos, obedecer para nunca errar "
 Posso dizer que ela se destacou por sua simplicidade. Em suas visitas às casas do Oriente, já ouvi muitas vezes, até mesmo por freiras de outras instituições e de várias pessoas, expressões como estas: "Como simples é a sua Madre Geral ! Como é simples e próxima" .

  *Irmã Elena Ramondetti: 1909-1999 , disponível no Site Paoline 
 

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Fazer a vontade de Deus!


Noviças em missão

Confira o testemunho da noviça Josiane, que partilha conosco um pouco de sua experiência no período do estágio do noviciado, em Salvador-BA.
 
Frase bíblica que me acompanhou...
Eis que estou convosco todos os dias” (Mt 28, 20)
Se eu falasse a língua dos anjos e a dos homens... Se eu não tivesse amor eu nada seria” (1Cor 13)

Uma experiência significativa que vivi...
No decorrer da minha caminhada no período Apostólico em Salvador, vivi muitas experiências que me marcaram: Entre as missões realizadas em cidades no interior da Bahia, a participação em feiras de livros, bienal, outros encontros, e a convivência com as irmãs na comunidade, destaco a partilha da vida com o povo na livraria. O Bem-Aventurado Tiago Alberione, nosso fundador, dizia que nossas livrarias são Igrejas que irradiam Jesus Cristo, lugar de diálogo e de encontro com o povo. E quem tem a graça de acolher e conversar com esse povo, recebe muito mais do que oferece. Foi essa a minha experiência... o povo com suas partilhas de vida, vida alegre, vida sofrida, vida de fé... Ensinou-me a ser mais de Deus, a crescer também na fé, e acreditar ainda mais na força da missão paulina. Obrigada povo baiano, e todos os ‘povos’ que encontrei. Deus abençoe!

Desafios que senti...
O Estado da Bahia é grande, no entanto, um desafio que senti, em nível de missão, é perceber que há muito que fazer naquele lugar. O povo tem sede! Solicita nossa presença e nem sempre podemos responder a todos. Fica o desejo e a esperança de com a nossa missão, chegar a tantos outros lugares para levar a “alegria do Evangelho”.
Minha gratidão a Deus e a Congregação por mais essa experiência na Vida Paulina. Um tempo de graça que me motiva e impulsiona no seguimento a Jesus Mestre e faz crescer a convicção: Vale a pena viver o Evangelho e testemunhá-lo junto ao povo nas diversas realidades, como fez o próprio Jesus, que por primeiro viveu a opção pelo Reino com seus gestos simples, de amor, em favor da vida.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

O Segredo

Adquira o novo CD da Adriana
Pode acontecer de tudo mudar 
Se a fé que há em você persiste
Mesmo se ela for pequena como um grão
Ainda assim terá poder
Para transformar os montes
Se apenas você crer

Com a fé verá o impossível
O Segredo é que guarde a sua fé
Não deixe ela morrer
É o que te manterá. E tudo vai mudar
Se a fé permanecer
Não haverá o que temer.

(Para ouvir, clique abaixo)

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

O que é, afinal, a vida?


Num lindo dia de sol, por volta do meio-dia, fez-se grande silêncio na orla da mata.
Os passarinhos haviam escondido suas cabecinhas sob as asas, e tudo descansava.
Foi quando a Bem-te-vi espiou por entre as folhagens da árvore e perguntou:

O que é, afinal, a vida?
Todos se surpreenderam com essa pergunta difícil.
O Bem-te-vi deixou seu galho, deu uma grande volta pelo campo e voltou, em seguida, ao seu lugar, à sombra da árvore.
Uma Roseira, à beira do caminho, estava, nesse momento, abrindo um botão.
Desenrolando uma pétala após outra, dizia: A vida é só alegria e brilho.
Por entre o gramado denso, uma Formiga , carregava uma haste dez vezes mais longa do que ela própria. Numa parada para descanso, disse: A vida não é mais do que trabalho e cansaço.

Uma Abelha, voltando de sua excursão pelo campo, carregadinha de néctar, observou: A vida é um misto de trabalho e prazer.
Ouvindo estas reflexões sábias, o Botão não pôde deixar de dar seu palpite: A vida? A vida é uma luta no escuro.  Quase teria dado briga entre os animais, se não tivesse começado a chover. E a Chuva dizia: A vida consiste de lágrimas, só lágrimas.
E a chuva seguiu adiante, para o mar; aí, as Ondas se jogavam com toda a força contra a rocha e gemiam:
A vida é uma luta constante e sem êxito por liberdade.
Muito alto, no céu, uma Águia perfazia círculos majestosos, ela exultava:
A vida é um esforço para subir.

Não muito longe da margem, estava uma Árvore; já curvada pela tempestade, disse: A vida é inclinar-se sob uma força maior. Então veio a noite, silenciosamente.
Uma Coruja deslizava pelo campo, em direção à mata, e disse: A vida é aproveitar as oportunidade, enquanto outros dormem.
Finalmente, o silêncio cobriu o campo e a mata, após algum tempo. Chegou um Jovem e caiu na relva, cansado de dançar e beber: A vida é uma busca constante de felicidade e uma longa corrente de decepções. De repente, a Aurora se levantou, em todo o seu esplendor, e disse:
Assim como o dia é um instante da vida, assim a vida é um instante da Eternidade.


E para você, o que é a Vida?

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014



Ir. Tecla, nossa Primeira Mestra

Não se pode pensar nas Irmãs Paulinas, sem pensar Ir. Tecla Merlo. Ela foi a mãe da congregação e a Primeira Mestra. Realmente era a primeira em tudo: na oração, no trabalho, exemplo, no sacrifício, na obediência.
Foi escolhida pelo Bem-aventudado Tiago Alberione quando tinha apenas 20 anos. Uma jovem, da pequena cidade de Castagnito d'Alba, na Itália, de boa família, que sabia costurar e tinha o desejo de ser religiosa, mas devido a pouca de saúde, foi barrada em outra congregação. Alberione viu na sua fragilidade uma grande força de espírito, de virtude e de fé.
Ir. Tecla acreditou sem ter visto. Entrou na congregação, que ainda nem existia, para consagrar-se ao apostolado da boa imprensa, porém no início, com algumas outras jovens, trabalhava nas máquinas de costura consertando roupas de soldados. Assim nascem as obras de Deus, no escondimento, na pobreza, como Jesus nasceu na manjedoura.

Ela viveu em um contexto, no início do século 20, em que a presença da mulher se reduzia ao espaço privado da casa, como esposa e mãe. Mas, acreditando no sonho de Alberione e confiando em Deus, lançou-se na missão nos espaços públicos. Inovou uma nova forma da presença da mulher religiosa. Não mais fechadas nos conventos, nem em escolas ou hospitais, mas sim a escrever, compor, imprimir e difundir a Palavra e a doutrina cristã. 
Assim, com Ir. Tecla Merlo, sua presença de mãe e mestra, as Filhas de São Paulo cresceram e se espalharam pelo mundo levando a Boa Notícia do Evangelho a todos os povos com todos meios de comunicação social. Hoje, estamos presentes nos cinco continentes e sempre dispostas a buscar e a discernir novas formas de levar o Evangelho a todos as pessoas. 

Ir. Tecla Merlo nasceu no dia 20 de fevereiro de 1984 em Castagnito d'Alba e faleceu no dia 05 de fevereiro de 1964. Foi proclamada Venerável pelo Papa João Paulo II, no dia 22 de janeiro de 1991.

"Ela foi dócil instrumento nas mãos de Deus. Com sua colaboração e caridade foram dados muitos passos. Olhem para o alto! Ela continua nos acompanhando, ajuda-nos a corresponder à vocação e nos convida para o céu." (Pe. Tiago Alberione, 1965)

"Fui conquistada pela sua bondade"


Testemunho de Ir. M. Irene Conti, fsp

 
Ir. Tecla Merlo
Conheci M. Tecla em circunstâncias extraordinárias.
Tinha apenas nove anos e meu pai, com a morte de minha mãe, queria confiar-me às irmãs de São Paulo que haviam aberto uma casa em Susa (Itália). Por um erro, na carta do pedido apareceu que eu tinha 19 anos, em vez de 9, e grande foi a maravilha quando Ir. Tecla se viu diante de uma menina. Para a comunidade de Susa eu era pequena demais. Por isso, Mestra Tecla, pesarosamente disse ao meu pai que não podia aceitar-me. Meu pai, porém, respondeu que, sem a esposa, não saberia como cuidar de mim. Mestra Tecla se comoveu e pensou em fazer uma exceção, declarando, no entanto, que antes deveria pedir autorização ao Fundador, o  TeólogoAlberione.
Daquele dia em diante, M. Tecla me quis tanto bem que praticamente se tornou uma mãe para mim. Eu, porém, era muito tímida e muito agarrada ao meu pai. M. Tecla me consolava e fazia de tudo para que eu ficasse contente.

Dada às minhas insistências e ao meu choro, no Natal de 1922 meu irmão veio buscar-me. Isso desagradou Mestra Tecla, pois ela temia que eu não voltasse mais e, na partida, me saudou com tanto afeto e bondade, dando-me doces de presente e dizendo que deixaria guardados os dons que o Menino Jesus deixaria para mim em Susa. A sua bondade, assim, já me havia conquistado.
Em 1924, a comunidade de Susa foi transferida para Alba. Nós, que éramos as menores, nos perguntávamos com ansiedade, quem seria a nossa superiora, e todas esperávamos que fosse M. Tecla, tendo já experimentado a sua sapiente bondade materna. Assim aconteceu para grande alegria de todas.

Mestra Tecla era para nós modelo de profunda humildade. Recordo estes dois fatos particulares. A comunidade de Alba aumentava e, na mesma proporção, cresciam as dificuldades. Muitas vezes havia casos que preocupavam, porque em uma ocasião, enquanto a comunidade estava no refeitório, M. Tecla se levantou e pediu perdão a todos pelos seus maus exemplos, dizendo-se culpada pelo não recebimento das graças divinas. Repetiu esse mesmo gesto no dia de seu onomástico.
Esses atos de humildade profunda e sincera, produziram em nós o desejo de sermos, também, humildes como ela.
O seu coração materno sempre providenciava as coisas de que  necessitávamos. Lembro-me que muitas vezes verificou minhas roupas para certificar-se de que não me faltava nada. Seguidamente M. Tecla me perguntava como eu estava e me exortava a ser boa para contentar o Senhor e também a minha mãe, que do céu me via e me protegia.
Quando terminou a segunda guerra mundial, as missionárias começaram a partir.
Eu fui enviada ao Japão. Eu desejava isso há muito tempo, mas sentia a minha incapacidade e despreparo. Manifestei os meus temores a M. Tecla, e ela me encorajou e exortou a confiar muito no Senhor. Falou-me com tanta fé que suas palavras me tranquilizaram totalmente.

O Senhor cumpriu grandes coisas em M. Tecla porque grande era a sua fé e ilimitada a sua confiança nele. Tinha uma visão maravilhosamente aberta e um coração grande como o mundo. Queria chegar a todos, usar os meios mais potentes e eficazes para atrair tanta gente para o Senhor, era aberta a todos os problemas do tempo, conhecia os sinais dos tempos, pelos quais preocurava adequar-se com novos meios de apostolado para poder fazer maior bem.
A última visita que fez ao Japão deixou uma recordação indelével, porque ela sentia que seria o último encontro conosco e manifestou isso a algumas irmãs. Os últimos momentos foram comoventes. Todas ao seu redor, queríamos beijar-lhe a mão e receber a sua bênção. Subindo no avião, deteve-se no último degrau da escada para saudar-nos e ver-nos o mais longamente possível. Esses últimos instantes nos fizeram sentir sempre mais seu coração materno, no qual era guardado o seu ilimitado e ardente desejo de que todas nós correspondêssemos à vocação religiosa paulina, que é vocação à santidade.

Ir. M. Irene Conti, fsp
  
 Pedidos de graças
Este texto está disponível no site
www.paoline.org, e também diretamente na página web “Tecla Merlo”, um espaço para escrever mensagens e pedidos de graças à venerável Tecla Merlo.
Convidamos, portanto, todos aqueles que, por sua intercessão, recebem graças particulares, a comunicar-se com um dos seguintes endereços:
www.paoline.org ou  teclamerlo@paoline.org
Superiora generale Figlie di San Paolo
Via San Giovanni Eudes, 25
00163 Roma.