terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Mensagem do Papa Bento XVI para o 47º dia Mundial das comunicações sociais

 
Redes sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de evangelização

Amados irmãos e irmãs,

Encontrando-se próximo o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2013, desejo oferecer-vos algumas reflexões sobre uma realidade cada vez mais importante que diz respeito à maneira como as pessoas comunicam actualmente entre si; concretamente quero deter-me a considerar o desenvolvimento das redes sociais digitais que estão a contribuir para a aparição duma nova ágora, duma praça pública e aberta onde as pessoas partilham ideias, informações, opiniões e podem ainda ganhar vida novas relações e formas de comunidade.

Estes espaços, quando bem e equilibradamente valorizados, contribuem para favorecer formas de diálogo e debate que, se realizadas com respeito e cuidado pela privacidade, com responsabilidade e empenho pela verdade, podem reforçar os laços de unidade entre as pessoas e promover eficazmente a harmonia da família humana. A troca de informações pode transformar-se numa verdadeira comunicação, os contactos podem amadurecer em amizade, as conexões podem facilitar a comunhão. Se as redes sociais são chamadas a concretizar este grande potencial, as pessoas que nelas participam devem esforçar-se por serem autênticas, porque nestes espaços não se partilham apenas ideias e informações, mas em última instância a pessoa comunica-se a si mesma.

O desenvolvimento das redes sociais requer dedicação: as pessoas envolvem-se nelas para construir relações e encontrar amizade, buscar respostas para as suas questões, divertir-se, mas também para ser estimuladas intelectualmente e partilhar competências e conhecimentos. Assim as redes sociais tornam-se cada vez mais parte do próprio tecido da sociedade enquanto unem as pessoas na base destas necessidades fundamentais. Por isso, as redes sociais são alimentadas por aspirações radicadas no coração do homem.

A cultura das redes sociais e as mudanças nas formas e estilos da comunicação colocam sérios desafios àqueles que querem falar de verdades e valores. Muitas vezes, como acontece também com outros meios de comunicação social, o significado e a eficácia das diferentes formas de expressão parecem determinados mais pela sua popularidade do que pela sua importância intrínseca e validade. E frequentemente a popularidade está mais ligada com a celebridade ou com estratégias de persuasão do que com a lógica da argumentação. Às vezes, a voz discreta da razão pode ser abafada pelo rumor de excessivas informações, e não consegue atrair a atenção que, ao contrário, é dada a quantos se expressam de forma mais persuasiva. Por conseguinte os meios de comunicação social precisam do compromisso de todos aqueles que estão cientes do valor do diálogo, do debate fundamentado, da argumentação lógica; precisam de pessoas que procurem cultivar formas de discurso e expressão que façam apelo às aspirações mais nobres de quem está envolvido no processo de comunicação. Tal diálogo e debate podem florescer e crescer mesmo quando se conversa e toma a sério aqueles que têm ideias diferentes das nossas. «Constatada a diversidade cultural, é preciso fazer com que as pessoas não só aceitem a existência da cultura do outro, mas aspirem também a receber um enriquecimento da mesma e a dar-lhe aquilo que se possui de bem, de verdade e de beleza» (Discurso no Encontro com o mundo da cultura, Belém, Lisboa, 12 de Maio de 2010).

O desafio, que as redes sociais têm de enfrentar, é o de serem verdadeiramente abrangentes: então beneficiarão da plena participação dos fiéis que desejam partilhar a Mensagem de Jesus e os valores da dignidade humana que a sua doutrina promove. Na realidade, os fiéis dão-se conta cada vez mais de que, se a Boa Nova não for dada a conhecer também no ambiente digital, poderá ficar fora do alcance da experiência de muitos que consideram importante este espaço existencial. O ambiente digital não é um mundo paralelo ou puramente virtual, mas faz parte da realidade quotidiana de muitas pessoas, especialmente dos mais jovens. As redes sociais são o fruto da interacção humana, mas, por sua vez, dão formas novas às dinâmicas da comunicação que cria relações: por isso uma solícita compreensão por este ambiente é o pré-requisito para uma presença significativa dentro do mesmo.

A capacidade de utilizar as novas linguagens requer-se não tanto para estar em sintonia com os tempos, como sobretudo para permitir que a riqueza infinita do Evangelho encontre formas de expressão que sejam capazes de alcançar a mente e o coração de todos. No ambiente digital, a palavra escrita aparece muitas vezes acompanhada por imagens e sons. Uma comunicação eficaz, como as parábolas de Jesus, necessita do envolvimento da imaginação e da sensibilidade afectiva daqueles que queremos convidar para um encontro com o mistério do amor de Deus. Aliás sabemos que a tradição cristã sempre foi rica de sinais e símbolos: penso, por exemplo, na cruz, nos ícones, nas imagens da Virgem Maria, no presépio, nos vitrais e nos quadros das igrejas. Uma parte consistente do património artístico da humanidade foi realizado por artistas e músicos que procuraram exprimir as verdades da fé.

A autenticidade dos fiéis, nas redes sociais, é posta em evidência pela partilha da fonte profunda da sua esperança e da sua alegria: a fé em Deus, rico de misericórdia e amor, revelado em Jesus Cristo. Tal partilha consiste não apenas na expressão de fé explícita, mas também no testemunho, isto é, no modo como se comunicam «escolhas, preferências, juízos que sejam profundamente coerentes com o Evangelho, mesmo quando não se fala explicitamente dele» (Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2011). Um modo particularmente significativo de dar testemunho é a vontade de se doar a si mesmo aos outros através da disponibilidade para se deixar envolver, pacientemente e com respeito, nas suas questões e nas suas dúvidas, no caminho de busca da verdade e do sentido da existência humana. A aparição nas redes sociais do diálogo acerca da fé e do acreditar confirma a importância e a relevância da religião no debate público e social.

Para aqueles que acolheram de coração aberto o dom da fé, a resposta mais radical às questões do homem sobre o amor, a verdade e o sentido da vida – questões estas que não estão de modo algum ausentes das redes sociais – encontra-se na pessoa de Jesus Cristo. É natural que a pessoa que possui a fé deseje, com respeito e tacto, partilhá-la com aqueles que encontra no ambiente digital. Entretanto, se a nossa partilha do Evangelho é capaz de dar bons frutos, fá-lo em última análise pela força que a própria Palavra de Deus tem de tocar os corações, e não tanto por qualquer esforço nosso. A confiança no poder da acção de Deus deve ser sempre superior a toda e qualquer segurança que possamos colocar na utilização dos recursos humanos. Mesmo no ambiente digital, onde é fácil que se ergam vozes de tons demasiado acesos e conflituosos e onde, por vezes, há o risco de que o sensacionalismo prevaleça, somos chamados a um cuidadoso discernimento. A propósito, recordemo-nos de que Elias reconheceu a voz de Deus não no vento impetuoso e forte, nem no tremor de terra ou no fogo, mas no «murmúrio de uma brisa suave» (1 Rs 19, 11-12). Devemos confiar no facto de que os anseios fundamentais que a pessoa humana tem de amar e ser amada, de encontrar um significado e verdade que o próprio Deus colocou no coração do ser humano, permanecem também nos homens e mulheres do nosso tempo abertos, sempre e em todo o caso, para aquilo que o Beato Cardeal Newman chamava a «luz gentil» da fé.

As redes sociais, para além de instrumento de evangelização, podem ser um factor de desenvolvimento humano. Por exemplo, em alguns contextos geográficos e culturais onde os cristãos se sentem isolados, as redes sociais podem reforçar o sentido da sua unidade efectiva com a comunidade universal dos fiéis. As redes facilitam a partilha dos recursos espirituais e litúrgicos, tornando as pessoas capazes de rezar com um revigorado sentido de proximidade àqueles que professam a sua fé. O envolvimento autêntico e interactivo com as questões e as dúvidas daqueles que estão longe da fé, deve-nos fazer sentir a necessidade de alimentar, através da oração e da reflexão, a nossa fé na presença de Deus e também a nossa caridade operante: «Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como um bronze que soa ou um címbalo que retine» (1 Cor 13, 1).

No ambiente digital, existem redes sociais que oferecem ao homem actual oportunidades de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus. Mas estas redes podem também abrir as portas a outras dimensões da fé. Na realidade, muitas pessoas estão a descobrir – graças precisamente a um contacto inicial feito on line – a importância do encontro directo, de experiências de comunidade ou mesmo de peregrinação, que são elementos sempre importantes no caminho da fé. Procurando tornar o Evangelho presente no ambiente digital, podemos convidar as pessoas a viverem encontros de oração ou celebrações litúrgicas em lugares concretos como igrejas ou capelas. Não deveria haver falta de coerência ou unidade entre a expressão da nossa fé e o nosso testemunho do Evangelho na realidade onde somos chamados a viver, seja ela física ou digital. Sempre e de qualquer modo que nos encontremos com os outros, somos chamados a dar a conhecer o amor de Deus até aos confins da terra.

Enquanto de coração vos abençoo a todos, peço ao Espírito de Deus que sempre vos acompanhe e ilumine para poderdes ser verdadeiramente arautos e testemunhas do Evangelho. «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura» (Mc 16, 15).

Vaticano, 24 de Janeiro – Festa de São Francisco de Sales – do ano 2013.

BENEDICTUS PP. XVI
 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Revitalização 2013

Confira as fotos do terceiro dia(24/01/2013) de Revitalização das Irmãs Paulinas em São Paulo. O tema foi desenvolvido pela Ir. Maria Inês Carniato(paulina), que abordou a dimensão Litúrgico-Eucarística do Pe. Tiago Alberione(Fundador da Família Paulina).
 


 
 

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A vida do Apóstolo Paulo


 - Você quer conhecer mais sobre São Paulo Apóstolo, o inspirador e protetor das Irmãs Paulinas?
 
Conheça o Blog "Nos passos de Paulo"
 





"Bendizei pois o Senhor por ter vos dado uma vocação tão linda e por ter-vos preparado, na sua sabedoria e no seu amor, uma congregação tão bem adaptada aos tempos, e que vos dá a possibilidade de levar a luz a tantas pessoas, e de dar a ele uma glória sempre maior."
(Pe. Tiago Alberione)          

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Revitalização 2013

Todos os anos as Irmãs Paulinas reúnem-se para vivenciarem dias de formação que se chama Revitalização.
 
 
Este ano o encontro está sendo realizado dos dias 22 a 25 de janeiro e tem como tema a "Liturgia", dando ênfase à experiência eucarístico/carismática das Irmãs. Tem como assessores o Frei Luiz Turra(Frei Capuchinho) e Ir. Maria Inês Carniato(Paulina).

 

São Paulo apóstolo

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

10º Capítulo Provincial das Irmãs Paulinas

Irmã Elisabete Corazza partilha sua experiência na participação do 10º Capítulo Provincial das Irmãs Paulinas. 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Missionária da Palavra


Com alegria apresentamos a vocês o testemunho de vida de nossa irmã Natalina Maria de Bortoli, que já realizou a missão paulina de norte a sul do país. Atualmente, reside na casa do Noviciado e realiza o apostolado na Casa de Oração.

Ir. Natalina de Bortoli

Tudo é missão e como Ir. Natalina diz:
“Aqui a missão é bem diferente daquela que vivi no norte e nordeste. Nesta casa exerço apostolado do acolhimento, da escuta, organização da casa, das funcionárias, e a organização pessoal para poder rezar”. Pois, “sem oração o acolhimento fica prejudica do e a nossa vida também”.
Para viver a missão é indispensável uma profunda vida interior, independente do lugar onde a realizamos. IrNatalina nos fala que “é importante manter o equilíbrio, a integração de todas as dimensões essenciais da vida, que exatamente são as quatro rodas do Carro Paulino. Essas dimensões são importantes para que possamos viver e corresponder ao projeto de Deus sem esquecer nenhum valor importante da vida.

Irmã Natalina M. de Bortoli nos contou que quando começou a vida missionária sentia-se “pequena de mais”. E desde a Primeira Profissão deu passos na fé, porque conhecia pouco a missão.
Hoje os desafios continuam e a certeza que Deus a inspira e guia na missão a conforta e confirma em sua ação missionária: “Aquilo que eu sentia no chamado vocacional que Deus me fez... Aqui, mesmo na casa de oração, às vezes eu me sinto um pouco limitada em atender tantas coisas. Mas eu sinto a mão de Deus suprindo aquilo que eu não consigo fazer ou que atraso fazer, mas Deus vai agindo e dando forças para a equipe de funcionárias e especialmente a ajuda da Ir. Silvana, e das noviças que nos ajudam aqui na casa de oração”.


Com certeza, a experiência de nossa irmã enriquece nossa comunidade, a congregação e a Igreja de Deus.
O Senhor foi generoso ao dotá-la de dons e ao chamá-la a ser “vocaçãopaulina”.

Por    Regina  Garreto

sábado, 12 de janeiro de 2013

MISSIONARIEDADE - Compromisso Batismal



Nascer já é dádiva do céu.
Criaturinha humana, o botão em flor
que vai se abrindo para a vida.
Vida, expressão do Amor.

O batismo marca o nosso ser
com os sinais de Jesus
e já vamos percebendo que precisamos e devemos ser luz.

Crianças, jovens e adultos,
todos somos mensageiros das Bemaventuranças.
Nossa vocação é o amor que nos leva
ao testemunho da fé.

Ela nos clareia o caminho  para seguirmos
o Mestre e mostrá-Lo aos
homens e mulheres de hoje
que Ele está vivo entre nós.

Somos todos mensageiros, anunciadores
da paz, da justiça, do bem e da paz.

(Ir. Maria Tereza, fsp)

10º Capítulo Provincial das Irmãs Paulinas


Irmã Joana Puntel fala do tema do 10º Capítulo Geral: "Cremos, e por isso falamos" (2Cor 4,13) com fé audaz e profética falamos a todos "a caridade da verdade" na dimensão comunicacional.



Jesus está conosco!

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

10º Capítulo Provincial das Irmãs Paulinas

Ir. Ninfa Becker, superiora provincial das Irmãs Paulinas do Brasil, nos fala sobre o que é o 10º Capítulo Provincial e quais seus objetivos. Confira o Vídeo!
 
 

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Oração pelo 10º Capítulo das Irmãs Paulinas

 Maria, Mãe da fé,
que acolhes, conservas e realizas a Palavra,
ensina-nos a perseverar na escuta,
dóceis à voz do Espírito
e abertas à sua novidade.

Mulher habitada pela Palavra,
Sacrário vivente de Deus,
faze com que percorramos com a audácia da fé
os caminhos da nova evangelização,
carregando em nós mesmas Cristo Jesus.

Profecia dos novos tempos,
dá-nos crer, e por isso falar,
para fazer a todos "a caridade da Verdade",
e torna-nos capazes de "habitar as redes",
para que em toda parte ressoe
a boa-nova do Evangelho.

 
Rainha dos Apóstolos,
ilumina o nosso caminho
para o 10º Capítulo geral, para que,
na disponibilidade total aos desígnios do Pai,
reavivemos aquele "fogo"
que incendiou Paulo, Alberione, Tecla,
missionários intrépidos e apaixonados.
Amém.

Acesse o blog do Capítulo: http://10capitulop.blogspot.com.br/







10º Capítulo Provincial das Irmãs Paulinas


As Irmãs Paulinas realizam de 03 a 17 de janeiro o 10º Capítulo Provincial, na Casa de Oração, em São Paulo (SP), com o tema: Cremos por isso falamos (2Cor 4,13). Com fé audaz e profética, façamos a todos "a caridade da Verdade".
O capítulo teve inicio com a celebração eucarística, às 8h, dia 3, presidida por dom Tomé Ferreira da Silva, bispo da diocese de São José do Rio Preto (SP). Irmã Ninfa Becker, provincial das Irmãs Paulinas, no inicio da celebração expressou as boas-vindas às participantes convidando-as a se deixarem tocar pelo Espírito Santo.
Acompanhe as notícias do 10º Capítulo Provincial pelo blog: http://10capitulop.blogspot.com.br/





Oração da Ternura


Senhor, louvado seja pela graça deste novo dia que o teu amor me convida a viver.
É mais uma jornada de vida a ser percorrida sob o teu olhar, em companhia daqueles que me deste por amigos e irmãos.

Não permitas Senhor, que eu caminhe só.
Que eu não me feche em um mundo limitado e egoísta.
Que eu não guarde ódio no coração.

Quero libertar o meu irmão ao perdoar-lhe, e sentir a alegria de ser perdoado.
Dá-me a graça de sustentar o desejo de paz, para que eu não alimente o desejo de vingança.
Quero muito viver o amor que não se cansa de ser bom.

Não permita ó meu Senhor, que eu me instale no meu comodismo.
Ajuda-me a ser um cristão solidário e fraterno, um homem de fé; não de uma fé morta em si mesma, mas uma fé viva participativa, que me impulsione no exercício das boas obras.

Inunda-me de tua luz, para que, transparência de um jeito bem fraterno de viver, eu revele a todos a tua presença amiga e a tua ternura paterna.
Amém.

(Autor desconhecido)

Fonte: Site Paulinas