terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Pastoral da Juventude...

Fonte:http://www.pj.org.br/enpj/
Foi com muita alegria e entusiasmo que a Arquidiocese de Maringá – PR - Regional Sul 2, acolheu o 10º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude (ENPJ), ocorrido nos dias 8 a 15 de janeiro de 2012, sob a proteção da padroeira Nossa Senhora de Glória.
Jovens de todo o Brasil vieram afirmar sua eclesialidade, refletindo e celebrando o tema: Somos Igreja Jovem, e o lema: Na Ciranda da vida, a nossa missão é amar sem medida.
Tendo como iluminação bíblica o Evangelho de São João, “Jesus, tendo amado os seus,amou-os até o fim!” (Jo 13,1).
A Abertura foi realizado na Catedral da Arquidiocese com celebração Eucarística, presidida por Dom Eduardo, assessor do setor juventude pela CNBB, Dom Anuar Batistti arcebispo da Maringá e Dom Cinésio.
Na Catedral os jovens gritaram forte o refrão da música. “É Jesus este pão de igualdade, viemos pra comunga, com luta sofrida do povo quer ter voz, ter vez lugar...”
A sede do encontro foi o auditório do centro de formação Bom Pastor da arquidiocese.
Todos os dias começava com o aração do ofício divino dos jovens, e em seguida todos se dirigiam para o auditório onde foram feitas todas as colocações dos temas a serem refletidos como os 50 anos do Concílio Vaticano II, das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil e do Plano de Ação Pastoral da PJ.
 
 
Também os jovens foram convidados pelo Arcebispo Dom Anuar Batistti a deixarem seus nomes gravados numa cruz que será plantada no chão do local onde foi realizado o evento como um marco para a arquidiocese e para todos os pjoteiros do Brasil. Durante a semana os jovens percorreram o caminho de Jesus desde Nazaré até Jerusalém, passando pela Samaria, Betânia...
Os jovens PJoteiros tiveram um dia de missão divida em 12 comunidades, onde puderam conhecer um pouco da realidade de Maringá e partilhar as experiências vividas neste dia; também tiveram um dia de passeio para conhecer os pontos turístico da Maringá.
O ENPJ, é realizado a cada três anos, com representação de jovens de todas as dioceses em que houver trabalho articulado da Pastoral da Juventude. No Sábado, o encontro encerrou com a caminha marcha, contra a violência e o extermínio dos jovens.
OBS: Para saber mais do ENPJ confira o site: http://www.pj.org.br/enpj/

Dica de leitura

Este livro reúne o trabalho de especialistas que colaboraram numa semana de reflexão sobre a vocação, conduzida por Pe. Imoda, em continuidade com a publicação do documento sobre o sínodo da Vida Consagrada. Parte da realidade atual da adolescência no nosso mundo e a maneira pela qual a sociedade materialista e consumista pode influenciar os jovens, procurando definir o processo vivido pelo jovem na formação da sua identidade e a importância dos valores nessa tarefa. 

Aprofundam-se os diferentes aspectos que influem sobre a decisão de iniciar uma vida religiosa e faz uma análise desse processo, estudando a delicada questão do discernimento das vocações e a atuação dos promotores vocacionais e formadores, que devem se inspirar no amor e nas exigências do seguimento de Jesus.Na mesma coleção, Paulinas já publicou Conduziu-o até Jesus e Olhou para ele com amor, ambos de Franco Imoda.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Noviças retornam de missão II

Acompanhe conosco o testemunho da Noviça Mery, que partilha sua experiência de missão em Belém do Pará. 

Frase bíblica que me acompanhou...
“Eles por sua vez, contaram o que acontecera no caminho e como O haviam reconhecido ao partir o pão” (Lc 24,35).
Mery (noviça) em missão - Belém -PA

Uma experiência significativa que vivi...

 Durante esse tempo intenso que vivo como noviça paulina tive a graça de fazer minha experiência apostólica na cidade de Belém-PA.
Belém significa: casa do pão e dentre muitos momentos fortes e significativos que vivi no decorrer desses quatro meses, destaco a missão que eu juntamente com a aspirante Layse Soeiro e dois freis capuchinhos realizamos na Ilha do Marajó, Esta missão se realizou por iniciativa de um leigo, Sr. Alberto, um verdadeiro promotor vocacional que traz dentro de si um profundo espírito de ser Igreja.
O intuito do encontro era promover um despertar vocacional a partir do tema: “Batismo, fonte de todas as vocações”, que teve vários momentos durante o dia como: oração inicial, dinâmicas, musicas, testemunho vocacional,etc.
Porém, mais do que ensinar ou partilhar algo que havíamos preparado, esse contado com os jovens, com as famílias que lá residem me levaram a conhecer uma Igreja Viva, alicerçada em Cristo. No Cristo que se revela na partilha do pouco que temos, seja ele material, espiritual, enfim...

Desafios vividos...

Percebo que o meu, o nosso desafio como Igreja está em colocarmos tudo em comum, como faziam os primeiros discípulos e acreditarmos que realmente o Reino Deus se realiza na partilha.

Agradeço a Jesus Mestre, a congregação e ao povo que me proporcionaram essa experiência simples, mas que me faz querer e buscar viver cada dia um pouco mais o Reino de Deus de amor e justiça.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Entrevista com a Ir. Ivani Pulga

Neste ano de 2012, algumas Irmãs Paulinas celebram 50 anos de consagração na vida Paulina. Nossa equipe do blog publicará as entrevistas que fizemos com elas, onde as mesmas partilham suas experiências de fé vividas ao longo desses 50 anos.
Quem partilha hoje é a Ir. Ivani Pulga, natural da cidade de União da Serra - RS. Confira:

1. Irmã Ivani, qual o texto Bíblico que iluminou sua caminhada ao longo   desses 5º anos de vida consagrada?
Toda Palavra de Deus é luz e caminho para mim, mas o que mais me convida a viver é a passagem do Evangelho em que Jesus diz: "Deus revela seus segredos aos simples e humildes de coração...." e a passagem de São Paulo: "Nada poderá me separar do amor de Cristo...."

 2. Como você conheceu a Congregação das Irmãs Paulinas?
Foi em 1953 quando uma das irmãs Paulinas passou em nossa vila. Neste momento a minha irmã mais velha sentiu-se também chamada e já entrou, e mais tarde eu também entrei.

3. Você recorda um momento significativo de sua caminhada em que sentiu a  mão de Deus sobre você?
Hoje depois de 50 anos de caminhada sinto que Deus nunca tirou a sua mão me protegendo, iluminando, conduzindo e sobretudo me amando. 
 4. Que setores da Missão Paulina você já trabalhou? Qual deles considera  mais desafiador?
Passei em muitos setores. Ainda de aspirante começei a missão na livraria e muito da missão a realizei nas livrarias. Porém trabalhei em missão nas famílias, em administração, na fundação do SEPAC, na direção da Editora, na direção do Comercial/Marketing e agora na direção da Gravadora. Em toda a missão existem os grandes desafios que são ao mesmo tempo oportunidades também para crescer pessoalmente e buscar a santidade de vida.


5. Deixe uma mensagem para as jovens que hoje desejam seguir Jesus mais de  perto no Carisma Paulino.
Gostaria de dizer: Não tenham medo de se apaixonarem por Jesus e pela sua proposta. Para mim Ele é o único que realiza de verdade e plenamente seja em qualquer opção de vida que a gente possa se sentir chamada a seguir.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Noviças Paulinas retornam de missão

As noviças do 2º retornaram de missão e partilham conosco um pouco de suas experiências missionárias. Confira o testemunho de Karina Carvalho que estava em Manaus - AM,  lugar que morou nos últimos meses fazendo o estágio apostólico do noviciado. Acompanhe:
Frase bíblica que me acompanhou...
“Portanto, assim como recebestes Cristo Jesus o Senhor, assim nele andai, arraigados nele, nele edificados, e apoiados na fé, como aprendestes, e transbordando em ação de graças”. (Col 2, 6-7)
 

Uma experiência significativa que vivi...
 Vivi muitas experiências significativas nesses quase quatro meses em Manaus. Porém, vou partilhar uma experiência muito importante para mim, especialmente na minha vida Paulina.

O Bem-aventurado Tiago Alberione, nosso fundador, dizia que as nossas livrarias são verdadeiras igrejas, pois nelas oferecemos Cristo às pessoas. Em Manaus eu senti intensamente isso. A nossa livraria para o povo é como a Catedral. É lugar sagrado, de oração, de partilha, de fraternidade. O povo ama a livraria, defende e zela por ela como se fosse a sua paróquia. Nossa capela raramente fica vazia e, as irmãs e os colaboradores são como ministros a serviço do povo.

Desafios que senti...
 Um desafio que senti, em nível de missão, são as enormes distâncias fluviais que separam as cidades no estado do Amazonas. Os padres e o povo solicitam muito nossa presença em assembléias e eventos no interior, porém não temos condições de responder a todos. É um desafio que me faz rezar e sonhar. Rezar para que o Senhor da messe nos envie muitas vocações e sonhar que possamos ir também a todos esses lugares para comunicar-lhes a Boa Notícia do Evangelho.

Sinto também que apesar da cultura e do clima serem bem diversos do que eu conhecia até então, ser enviada em nome de Cristo e por Ele torna qualquer diversidade relativa. Em Cristo não há diversidade, mas sim unidade.

Agradeço imensamente a Deus que me chamou e a Cristo que, por meio da congregação, me enviou ao Amazonas para essa experiência na vida Paulina que me ajudou, especialmente, a crescer na fé.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Venerável Ir. Tecla - 21 anos de proclamação

22 de janeiro,
21 anos da proclamação de Mestra Tecla Merlo como Venerável,
pelo papa João Paulo II
Recordando...

No dia 28 maio de 1961, em Ariccia (Itália), durante os Exercícios, na festa da Santíssima Trindade, Mestra Tecla ofereceu a vida para que todas as Filhas de São Paulo sejam santas.
No dia 16 junho de 1963 foi atingida por um espasmo cerebral. Foi hospitalizada em Albano (Itália).
No dia 7 de julho do mesmo ano, restabelecida, volta para Roma para uma breve visita; reúne todas as irmãs na Via Antonino Pio para saudá-las e agradecê-las pela sua cura. A sua serenidade e o abandono em Deus comovem a todas.
Em 22 agosto de 1963 experimenta grande alegria pelo encontro com o papa Paulo VI, na visita à casa de saúde Regina Apostolorum, de Albano Laziale.
Em 22 novembro de 1963 foi acometida por um novo e mais grave espasmo cerebral. Pe. Alberione lhe administrou a unção dos enfermos.
Em 5 fevereiro de 1964 morreu em Albano, na casa de saúde Regina Apostolorum, após uma hemorragia cerebral. Foi assistida espiritualmente por pe. Alberione. Era uma quarta-feira.
Dia 7 fevereiro de 1964 realizaram-se os funerais na capela da casa de saúde. Presidiu pe. Tiago Alberione. O corpo segue para Roma, ao Santuário Maria, Rainha dos Apóstolos, para possibilitar às irmãs e demais membros da Família Paulina, vê-la mais uma vez.
Dia 8 fevereiro de 1964 realizou-se solene funeral no Santuário com a presença do Cardeal Arcadio Larraona, prefeito da Sagrada Congregação dos Ritos, que fez a homilia fúnebre. Foi sepultada no cemitério monumental de Verano.
De 3-7 fevereiro de 1967 foi feita a exumação do corpo do cemitério de Verano para a sepultura privilegiada na subcripta do santuário Maria, Rainha dos Apóstolos, em Roma.
Dia 6 de fevereiro, funções solenes no santuário. À tarde, funeral solene na cripta, com a presença dos representantes de toda a Família Paulina.
Dia 7 de fevereiro foi enterrada no sepulcro da subcripta.

Processo canônico da venerável Mestra Tecla Merlo
Dia 11 de julho 1967 foi feito o pedido para dar início aos processos informativos referentes à Mestra Tecla Merlo.
Dia 15 de julho de 1967 a Sagrada Congregação dos Ritos emitiu o Decreto para a abertura do processo ordinário informativo.
Dia 26 de outubro de 1967, em Roma, no Vicariato, teve início o Processo Ordinário para recolher os testemunhos e a documentação sobre a fama de santidade, vida, virtudes e milagres de Mestra Tecla. Foi encerrado em 23 de março de 1972.
Dia 10 de dezembro de 1967 foi aberto o Processo Rogatorial no Tribunal eclesiástico de Alba. Encerrado em 4 de maio de 1971.
Dia 21 de outubro de 1982 foi aberto o Processo Apostólico no Vicariato de Roma. Encerrado em 17 de junho de 1987. A abertura e o encerramento do Processo foram feitos no Vicariato, na sede do Tribunal.
Dia 22 janeiro de 1991, o papa João Paulo II assinou o Decreto com o qual reconheceu a heroicidade das virtudes de Mestra Tecla e a proclamou venerável.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Livraria de Manaus conquista o prêmio da Revista Super Mais


A Revista Super Mais promoveu, no mês de outubro de 2011, uma campanha promocional para toda a rede de livrarias Paulinas no Brasil. A livraria que conseguisse efetuar a maior quantidade de novas assinaturas, no mês que é dedicado às crianças, ganharia, para toda sua equipe, a camiseta da Revista Família Cristã.
A Paulinas Livraria de Manaus caprichou na campanha. Além de deixar a Revista Super Mais em destaque, fazer uma vitrine especial e divulgá-la na loja, pelo microfone, nas horas de maior movimento, a equipe estipulou uma meta de assinaturas para cada colaborador. Todos se empenharam e trabalharam muito na campanha.
O resultado não poderia ser diferente. Com mais de 30 assinaturas, a Paulinas Livraria de Manaus foi a vencedora da campanha.
No início de janeiro, durante a oração da manhã, todos receberam o prêmio conquistado. O colaborador Francisco Magalhães foi convidado a desatar o laço da cesta com as camisetas, pois, foi o colaborador campeão nas assinaturas, mais de 10 em menos de um mês.
Agora, com este belo prêmio, que é também uma forma de divulgação da Revista Família Cristã, todo dia 15 a equipe vestirá suas camisetas novas e se empenhará, de maneira especial, na divulgação das Revistas Paulinas: Família Cristã, Diálogo e Super Mais.
Parabenizamos e agradecemos o empenho apostólico de cada colaborador que acredita na missão de Paulinas e, especialmente, das revistas que levam impresso em suas páginas, a cada mês, Jesus Mestre Caminho, Verdade e Vida a seus leitores.

Livro de Dinâmicas

Jogos e brincadeiras em geral são atividades que devem ter, como primeira finalidade, a diversão. São usados em momentos especiais, para descontrair e promover a integração entre as pessoas. 
Como consequência, desenvolvem a criatividade, despertam o indivíduo para a importância da partilha, da convivência e da tolerância.  Nesse sentido, também podem ser usadas de forma educativa e motivacional, em família, na escola, na igreja, com grupos de estudo, em eventos corporativos.
Nesta obra, as propostas não têm caráter eliminatório e não visam determinar quem é o melhor no grupo.
Ao contrário, a intenção é incentivar a participação de todos e fortalecer a união. (Saiba +)

domingo, 8 de janeiro de 2012

Com a festa da Epifania a Igreja celebra a manifestação de Jesus ao mundo. Epifania, palavra de origem grega, significa manifestação externa, aparecimento. No mundo helenista, a palavra era usada para exprimir a chegada de um imperador em visita aos territórios de seu domínio.

Jesus como a luz e a glória de Deus para o povo de Israel, sendo a ele que os povos vêm em adoração em uma perspectiva universalista.

 - E para você, o que significa a festa da Epifania do Senhor? (Deixe seu comentário abaixo)


Fonte: Site Paulinas

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

ADORAÇÃO EUCARÍSTICA ENCERRA O ANO NA PAULINAS LIVRARIA DE MANAUS

Na última semana do ano os colaboradores da Paulinas Livraria, em Manaus – AM, manifestaram o desejo de fazer uma adoração eucarística no dia 31 de dezembro, relembrando a experiência carismática do Bem-aventurado Tiago Alberione, fundador da Família Paulina, que aconteceu em uma noite de adoração ao Santíssimo na virada do século XIX para o XX.


A adoração aconteceu na manhã de sábado, 31 de dezembro. Às 7:30 todos os colaboradores já estavam reunidos no auditório para a oração que foi orientada pela Karina, noviça Paulina. O colaborador Marcus Antonio interpretou o jovem Alberione. Ajoelhado diante do Santíssimo, Marcus, durante a oração, lia os textos do próprio Alberione, quando relata sua experiência carismática no livro Abundantes Divitae. À luz dessa experiência os colaboradores e irmãs depositaram aos pés de Jesus Eucarístico seus louvores e pedidos para o ano de 2012.


Foi um momento profundo de fé, de confiança, de esperança em Jesus Mestre. Ele, que há 111 anos foi adorado e amado por Alberione na Catedral de Alba, hoje continua sendo adorado e amado nos sacrários das livrarias e comunidades Paulinas presentes no mundo inteiro por irmãs, colaboradores, cooperadores e amigos de Paulinas, que levam no coração o mesmo sonho de Alberione: que Cristo Mestre Caminho, Verdade e Vida seja anunciado ao mundo com a comunicação. Após a adoração houve a partilha do café da manhã.

"A oração durou quatro horas depois da missa solene: que o século nascesse em Cristo-Eucaristia, que novos apóstolos saneassem as leis, a escola, a literatura, a imprensa, os costumes; que a Igreja tivesse novo impulso missionário; que os novos meios de apostolado fossem usados bem; que a sociedade acolhesse os grandes ensinamentos das encíclicas de Leão XIII, [...], especialmente em relação as questões sociais e a liberdade da Igreja." (Bem-aventurado Tiago Alberione)

domingo, 1 de janeiro de 2012

Mensagem do Papa Bento XVI para o Dia Mundial da Paz

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE
BENTO XVI
PARA A CELEBRAÇÃO DO
XLV DIA MUNDIAL DA PAZ

1 DE JANEIRO DE 2012


EDUCAR OS JOVENS PARA A JUSTIÇA E A PAZ
 
1. O INÍCIO DE UM NOVO ANO, dom de Deus à humanidade, induz-me a desejar a todos, com grande confiança e estima, de modo especial que este tempo, que se abre diante de nós, fique marcado concretamente pela justiça e a paz.

Com qual atitude devemos olhar para o novo ano? No salmo 130, encontramos uma imagem muito bela. O salmista diz que o homem de fé aguarda pelo Senhor « mais do que a sentinela pela aurora » (v. 6), aguarda por Ele com firme esperança, porque sabe que trará luz, misericórdia, salvação. Esta expectativa nasce da experiência do povo eleito, que reconhece ter sido educado por Deus a olhar o mundo na sua verdade sem se deixar abater pelas tribulações. Convido-vos a olhar o ano de 2012 com esta atitude confiante. É verdade que, no ano que termina, cresceu o sentido de frustração por causa da crise que aflige a sociedade, o mundo do trabalho e a economia; uma crise cujas raízes são primariamente culturais e antropológicas. Quase parece que um manto de escuridão teria descido sobre o nosso tempo, impedindo de ver com clareza a luz do dia.

Mas, nesta escuridão, o coração do homem não cessa de aguardar pela aurora de que fala o salmista. Esta expectativa mostra-se particularmente viva e visível nos jovens; e é por isso que o meu pensamento se volta para eles, considerando o contributo que podem e devem oferecer à sociedade. Queria, pois, revestir a Mensagem para o XLV Dia Mundial da Paz duma perspectiva educativa: « Educar os jovens para a justiça e a paz », convencido de que eles podem, com o seu entusiasmo e idealismo, oferecer uma nova esperança ao mundo.

A minha Mensagem dirige-se também aos pais, às famílias, a todas as componentes educativas, formadoras, bem como aos responsáveis nos diversos âmbitos da vida religiosa, social, política, económica, cultural e mediática. Prestar atenção ao mundo juvenil, saber escutá-lo e valorizá-lo para a construção dum futuro de justiça e de paz não é só uma oportunidade mas um dever primário de toda a sociedade.

Trata-se de comunicar aos jovens o apreço pelo valor positivo da vida, suscitando neles o desejo de consumá-la ao serviço do Bem. Esta é uma tarefa, na qual todos nós estamos, pessoalmente, comprometidos.

As preocupações manifestadas por muitos jovens nestes últimos tempos, em várias regiões do mundo, exprimem o desejo de poder olhar para o futuro com fundada esperança. Na hora actual, muitos são os aspectos que os trazem apreensivos: o desejo de receber uma formação que os prepare de maneira mais profunda para enfrentar a realidade, a dificuldade de formar uma família e encontrar um emprego estável, a capacidade efectiva de intervir no mundo da política, da cultura e da economia contribuindo para a construção duma sociedade de rosto mais humano e solidário.

É importante que estes fermentos e o idealismo que encerram encontrem a devida atenção em todas as componentes da sociedade. A Igreja olha para os jovens com esperança, tem confiança neles e encoraja-os a procurarem a verdade, a defenderem o bem comum, a possuírem perspectivas abertas sobre o mundo e olhos capazes de ver « coisas novas » (Is 42, 9; 48, 6).

Os responsáveis da educação

2. A educação é a aventura mais fascinante e difícil da vida. Educar – na sua etimologia latina educere – significa conduzir para fora de si mesmo ao encontro da realidade, rumo a uma plenitude que faz crescer a pessoa. Este processo alimenta-se do encontro de duas liberdades: a do adulto e a do jovem. Isto exige a responsabilidade do discípulo, que deve estar disponível para se deixar guiar no conhecimento da realidade, e a do educador, que deve estar disposto a dar-se a si mesmo. Mas, para isso, não bastam meros dispensadores de regras e informações; são necessárias testemunhas autênticas, ou seja, testemunhas que saibam ver mais longe do que os outros, porque a sua vida abraça espaços mais amplos. A testemunha é alguém que vive, primeiro, o caminho que propõe.

E quais são os lugares onde amadurece uma verdadeira educação para a paz e a justiça? Antes de mais nada, a família, já que os pais são os primeiros educadores. A família é célula originária da sociedade. « É na família que os filhos aprendem os valores humanos e cristãos que permitem uma convivência construtiva e pacífica. É na família que aprendem a solidariedade entre as gerações, o respeito pelas regras, o perdão e o acolhimento do outro ».[1] Esta é a primeira escola, onde se educa para a justiça e a paz.

Vivemos num mundo em que a família e até a própria vida se vêem constantemente ameaçadas e, não raro, destroçadas. Condições de trabalho frequentemente pouco compatíveis com as responsabilidades familiares, preocupações com o futuro, ritmos frenéticos de vida, emigração à procura dum adequado sustentamento se não mesmo da pura sobrevivência, acabam por tornar difícil a possibilidade de assegurar aos filhos um dos bens mais preciosos: a presença dos pais; uma presença, que permita compartilhar de forma cada vez mais profunda o caminho para se poder transmitir a experiência e as certezas adquiridas com os anos – o que só se torna viável com o tempo passado juntos. Queria aqui dizer aos pais para não desanimarem! Com o exemplo da sua vida, induzam os filhos a colocar a esperança antes de tudo em Deus, o único de quem surgem justiça e paz autênticas.

Quero dirigir-me também aos responsáveis das instituições com tarefas educativas: Velem, com grande sentido de responsabilidade, por que seja respeitada e valorizada em todas as circunstâncias a dignidade de cada pessoa. Tenham a peito que cada jovem possa descobrir a sua própria vocação, acompanhando-o para fazer frutificar os dons que o Senhor lhe concedeu. Assegurem às famílias que os seus filhos não terão um caminho formativo em contraste com a sua consciência e os seus princípios religiosos.

Possa cada ambiente educativo ser lugar de abertura ao transcendente e aos outros; lugar de diálogo, coesão e escuta, onde o jovem se sinta valorizado nas suas capacidades e riquezas interiores e aprenda a apreciar os irmãos. Possa ensinar a saborear a alegria que deriva de viver dia após dia a caridade e a compaixão para com o próximo e de participar activamente na construção duma sociedade mais humana e fraterna.

Dirijo-me, depois, aos responsáveis políticos, pedindo-lhes que ajudem concretamente as famílias e as instituições educativas a exercerem o seu direito-dever de educar. Não deve jamais faltar um adequado apoio à maternidade e à paternidade. Actuem de modo que a ninguém seja negado o acesso à instrução e que as famílias possam escolher livremente as estruturas educativas consideradas mais idóneas para o bem dos seus filhos. Esforcem-se por favorecer a reunificação das famílias que estão separadas devido à necessidade de encontrar meios de subsistência. Proporcionem aos jovens uma imagem transparente da política, como verdadeiro serviço para o bem de todos.

Não posso deixar de fazer apelo ainda ao mundo dos media para que prestem a sua contribuição educativa. Na sociedade actual, os meios de comunicação de massa têm uma função particular: não só informam, mas também formam o espírito dos seus destinatários e, consequentemente, podem concorrer notavelmente para a educação dos jovens. É importante ter presente a ligação estreitíssima que existe entre educação e comunicação: de facto, a educação realiza-se por meio da comunicação, que influi positiva ou negativamente na formação da pessoa.

Também os jovens devem ter a coragem de começar, eles mesmos, a viver aquilo que pedem a quantos os rodeiam. Que tenham a força de fazer um uso bom e consciente da liberdade, pois cabe-lhes em tudo isto uma grande responsabilidade: são responsáveis pela sua própria educação e formação para a justiça e a paz.

Educar para a verdade e a liberdade

3. Santo Agostinho perguntava-se: « Quid enim fortius desiderat anima quam veritatem – que deseja o homem mais intensamente do que a verdade? ».[2] O rosto humano duma sociedade depende muito da contribuição da educação para manter viva esta questão inevitável. De facto, a educação diz respeito à formação integral da pessoa, incluindo a dimensão moral e espiritual do seu ser, tendo em vista o seu fim último e o bem da sociedade a que pertence. Por isso, a fim de educar para a verdade, é preciso antes de mais nada saber que é a pessoa humana, conhecer a sua natureza. Olhando a realidade que o rodeava, o salmista pôs-se a pensar: « Quando contemplo os céus, obra das vossas mãos, a lua e as estrelas que Vós criastes: que é o homem para Vos lembrardes dele, o filho do homem para com ele Vos preocupardes? » (Sal 8, 4-5). Esta é a pergunta fundamental que nos devemos colocar: Que é o homem? O homem é um ser que traz no coração uma sede de infinito, uma sede de verdade – não uma verdade parcial, mas capaz de explicar o sentido da vida –, porque foi criado à imagem e semelhança de Deus. Assim, o facto de reconhecer com gratidão a vida como dom inestimável leva a descobrir a dignidade profunda e a inviolabilidade própria de cada pessoa. Por isso, a primeira educação consiste em aprender a reconhecer no homem a imagem do Criador e, consequentemente, a ter um profundo respeito por cada ser humano e ajudar os outros a realizarem uma vida conforme a esta sublime dignidade. É preciso não esquecer jamais que « o autêntico desenvolvimento do homem diz respeito unitariamente à totalidade da pessoa em todas as suas dimensões »,[3] incluindo a transcendente, e que não se pode sacrificar a pessoa para alcançar um bem particular, seja ele económico ou social, individual ou colectivo.

Só na relação com Deus é que o homem compreende o significado da sua liberdade, sendo tarefa da educação formar para a liberdade autêntica. Esta não é a ausência de vínculos, nem o império do livre arbítrio; não é o absolutismo do eu. Quando o homem se crê um ser absoluto, que não depende de nada nem de ninguém e pode fazer tudo o que lhe apetece, acaba por contradizer a verdade do seu ser e perder a sua liberdade. De facto, o homem é precisamente o contrário: um ser relacional, que vive em relação com os outros e sobretudo com Deus. A liberdade autêntica não pode jamais ser alcançada, afastando-se d’Ele.

A liberdade é um valor precioso, mas delicado: pode ser mal entendida e usada mal. « Hoje um obstáculo particularmente insidioso à acção educativa é constituído pela presença maciça, na nossa sociedade e cultura, daquele relativismo que, nada reconhecendo como definitivo, deixa como última medida somente o próprio eu com os seus desejos e, sob a aparência da liberdade, torna-se para cada pessoa uma prisão, porque separa uns dos outros, reduzindo cada um a permanecer fechado dentro do próprio “eu”. Dentro de um horizonte relativista como este, não é possível, portanto, uma verdadeira educação: sem a luz da verdade, mais cedo ou mais tarde cada pessoa está, de facto, condenada a duvidar da bondade da sua própria vida e das relações que a constituem, da validez do seu compromisso para construir com os outros algo em comum ».[4]

Por conseguinte o homem, para exercer a sua liberdade, deve superar o horizonte relativista e conhecer a verdade sobre si próprio e a verdade acerca do que é bem e do que é mal. No íntimo da consciência, o homem descobre uma lei que não se impôs a si mesmo, mas à qual deve obedecer e cuja voz o chama a amar e fazer o bem e a fugir do mal, a assumir a responsabilidade do bem cumprido e do mal praticado.[5] Por isso o exercício da liberdade está intimamente ligado com a lei moral natural, que tem carácter universal, exprime a dignidade de cada pessoa, coloca a base dos seus direitos e deveres fundamentais e, consequentemente, da convivência justa e pacífica entre as pessoas.

Assim o recto uso da liberdade é um ponto central na promoção da justiça e da paz, que exigem a cada um o respeito por si próprio e pelo outro, mesmo possuindo um modo de ser e viver distante do meu. Desta atitude derivam os elementos sem os quais paz e justiça permanecem palavras desprovidas de conteúdo: a confiança recíproca, a capacidade de encetar um diálogo construtivo, a possibilidade do perdão, que muitas vezes se quereria obter mas sente-se dificuldade em conceder, a caridade mútua, a compaixão para com os mais frágeis, e também a prontidão ao sacrifício.

Educar para a justiça

4. No nosso mundo, onde o valor da pessoa, da sua dignidade e dos seus direitos, não obstante as proclamações de intentos, está seriamente ameaçado pela tendência generalizada de recorrer exclusivamente aos critérios da utilidade, do lucro e do ter, é importante não separar das suas raízes transcendentes o conceito de justiça. De facto, a justiça não é uma simples convenção humana, pois o que é justo determina-se originariamente não pela lei positiva, mas pela identidade profunda do ser humano. É a visão integral do homem que impede de cair numa concepção contratualista da justiça e permite abrir também para ela o horizonte da solidariedade e do amor.[6]

Não podemos ignorar que certas correntes da cultura moderna, apoiadas em princípios económicos racionalistas e individualistas, alienaram das suas raízes transcendentes o conceito de justiça, separando-o da caridade e da solidariedade. Ora « a “cidade do homem” não se move apenas por relações feitas de direitos e de deveres, mas antes e sobretudo por relações de gratuidade, misericórdia e comunhão. A caridade manifesta sempre, mesmo nas relações humanas, o amor de Deus; dá valor teologal e salvífico a todo o empenho de justiça no mundo ».[7]

« Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados » (Mt 5, 6). Serão saciados, porque têm fome e sede de relações justas com Deus, consigo mesmo, com os seus irmãos e irmãs, com a criação inteira.

Educar para a paz

5. « A paz não é só ausência de guerra, nem se limita a assegurar o equilíbrio das forças adversas. A paz não é possível na terra sem a salvaguarda dos bens das pessoas, a livre comunicação entre os seres humanos, o respeito pela dignidade das pessoas e dos povos e a prática assídua da fraternidade ».[8] A paz é fruto da justiça e efeito da caridade. É, antes de mais nada, dom de Deus. Nós, os cristãos, acreditamos que a nossa verdadeira paz é Cristo: n’Ele, na sua Cruz, Deus reconciliou consigo o mundo e destruiu as barreiras que nos separavam uns dos outros (cf. Ef 2, 14-18); n’Ele, há uma única família reconciliada no amor.

A paz, porém, não é apenas dom a ser recebido, mas obra a ser construída. Para sermos verdadeiramente artífices de paz, devemos educar-nos para a compaixão, a solidariedade, a colaboração, a fraternidade, ser activos dentro da comunidade e solícitos em despertar as consciências para as questões nacionais e internacionais e para a importância de procurar adequadas modalidades de redistribuição da riqueza, de promoção do crescimento, de cooperação para o desenvolvimento e de resolução dos conflitos. « Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus » – diz Jesus no sermão da montanha (Mt 5, 9).

A paz para todos nasce da justiça de cada um, e ninguém pode subtrair-se a este compromisso essencial de promover a justiça segundo as respectivas competências e responsabilidades. De forma particular convido os jovens, que conservam viva a tensão pelos ideais, a procurarem com paciência e tenacidade a justiça e a paz e a cultivarem o gosto pelo que é justo e verdadeiro, mesmo quando isso lhes possa exigir sacrifícios e obrigue a caminhar contracorrente.

Levantar os olhos para Deus

6. Perante o árduo desafio de percorrer os caminhos da justiça e da paz, podemos ser tentados a interrogar-nos como o salmista: « Levanto os olhos para os montes, de onde me virá o auxílio? » (Sal 121, 1).

A todos, particularmente aos jovens, quero bradar: « Não são as ideologias que salvam o mundo, mas unicamente o voltar-se para o Deus vivo, que é o nosso criador, o garante da nossa liberdade, o garante do que é deveras bom e verdadeiro (…), o voltar-se sem reservas para Deus, que é a medida do que é justo e, ao mesmo tempo, é o amor eterno. E que mais nos poderia salvar senão o amor? ».[9] O amor rejubila com a verdade, é a força que torna capaz de comprometer-se pela verdade, pela justiça, pela paz, porque tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (cf. 1 Cor 13, 1-13).

Queridos jovens, vós sois um dom precioso para a sociedade. Diante das dificuldades, não vos deixeis invadir pelo desânimo nem vos abandoneis a falsas soluções, que frequentemente se apresentam como o caminho mais fácil para superar os problemas. Não tenhais medo de vos empenhar, de enfrentar a fadiga e o sacrifício, de optar por caminhos que requerem fidelidade e constância, humildade e dedicação.

Vivei com confiança a vossa juventude e os anseios profundos que sentis de felicidade, verdade, beleza e amor verdadeiro. Vivei intensamente esta fase da vida, tão rica e cheia de entusiasmo.

Sabei que vós mesmos servis de exemplo e estímulo para os adultos, e tanto mais o sereis quanto mais vos esforçardes por superar as injustiças e a corrupção, quanto mais desejardes um futuro melhor e vos comprometerdes a construí-lo. Cientes das vossas potencialidades, nunca vos fecheis em vós próprios, mas trabalhai por um futuro mais luminoso para todos. Nunca vos sintais sozinhos! A Igreja confia em vós, acompanha-vos, encoraja-vos e deseja oferecer-vos o que tem de mais precioso: a possibilidade de levantar os olhos para Deus, de encontrar Jesus Cristo – Ele que é a justiça e a paz.

Oh vós todos, homens e mulheres, que tendes a peito a causa da paz! Esta não é um bem já alcançado mas uma meta, à qual todos e cada um deve aspirar. Olhemos, pois, o futuro com maior esperança, encorajemo-nos mutuamente ao longo do nosso caminho, trabalhemos para dar ao nosso mundo um rosto mais humano e fraterno e sintamo-nos unidos na responsabilidade que temos para com as jovens gerações, presentes e futuras, nomeadamente quanto à sua educação para se tornarem pacíficas e pacificadoras! Apoiado em tal certeza, envio-vos estas refl exões que se fazem apelo: Unamos as nossas forças espirituais, morais e materiais, a fim de « educar os jovens para a justiça e a paz ».

Vaticano, 8 de Dezembro de 2011.